domingo, 21 de março de 2010

“Stand by me”

Das coisas que foram

Seria tão fácil se a felicidade não entrasse pela janela quando a porta se abre. Seria mais fácil se não despertasse o sorriso mais doce. Se não tornasse meu dia mais claro. Se o mundo não oferecesse um abraço toda vez que ele se faz presente.
Lembranças de um primeiro sentimento de ciúmes marcam o início de uma investigação interior. Dúvidas. Toda essa confusão desconserta. Pernas e braços atados. Fugas marcadas e coincidentes encontros.


Das coisas que estão

Ele quer ouvir uma declaração de amor, ela só sabe que precisa dele. Não sabe dizer se isso quer dizer amor; quer dizer querer; quer dizer gostar, ela não sabe o que isso quer dizer. Ela atropela as coisas como um trator inconsequente. Ele já não é mais paciente. Ele não entende sua ansiedade, sua pressa. Nem mesmo ela se entende. Desentendimentos e uma pausa para um contraditório silêncio que é finalizado com brigas. A essa altura ela duvida se precisa dele ainda. Resposta do coração: precisa. Resposta dele: não conte comigo.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Alguém cozinhando Mocotó?

Ela tá assistindo TV e chama toda família para ver o amor de sua vida: Eduardo Moscóvis. E diz pro filho e esposo, com tom de vergonha que de quem tá apaixonada: que o ama. Olhos atravessados e eles fingem que não ouviram.
Feliz porque estão todos em casa e ela vai dormir cedo hoje. E no fogão o miojo tem 10 minutos cozinhando. Ela pergunta: de quem é o mocotó que tá no fogo? Todo entendem a "piada" e um corre. "Sou eu, eu esqueci." E a briga pelo PC a aborrece, ela não tem paciência.

(Lá vem eu falar de novo do meu esmalte roxo "obsessão"...) Então eu cheguei com meu achado e chamei minha irmã pra ver. Quem tava na porta do quarto escondidinha de vergonha?"Eu posso ver, também?"Pode sim. Po r que no fundo ela pode tudo. É sempre a dona da cena, da graça e é claro da casa...minha mãe.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Tic-tac, tic-tac, tic-tac, tic-ta, tic-t, tic, tic, tic, tic!!!!!!

Nunca acreditei em quem dizia que não fazia algo por falta de tempo. Sei lá, me parecia mentira e que se ajeitando bem, dava para fazer tudo. Tipo, ir na festa; no cinema; trabalhar; estudar; dormir bem; viajar; conversar com a vinhança; ligar para trocar altas ideias ou para falar que achou cor de esmalte que tanto queria (hoje eu fui nas lojas americanas e achei o roxo "obsessão", isso me inspirou); dar uma volta no Pituaçu de bicicleta; fazer academia; frequentar curso de idioma; namorar. Enfim, ter uma vida normal.
Eu adoraria dizer que estava certa, que as pessoas mentiam com esse lance de "falta de tempo". Mas eu agora rezo, imploro, peço a Deus (de joelhos), que as horas não corram. Tenho tanta coisa para fazer e falta tempo.
Não, eu não tenho filhos, trabalho e cuido da casa. Na verdade, até preciso dar uma arrumadinha no meu quarto (um furacão passou por lá). Filho, deixa esse assunto para daqui alguns anos. Bom, é que nessa pretensão de ser "jornaleira", eu tenho dois estágios e nem preciso dizer da faculdade (tá bom, tirando Itânia, aquilo tá um "mangue"). O meu trabalho me toma um tempão (eu fico lá mais que devia - voluntariamente). Mas eu tenho as atividades que têm que ser entregues. Leituras e etc.
Aliás, eu comprei agenda, caderno de anotações e bloquinhos. Vai ficar uma beleza, tudo organizadinho. Tô imaginando eu anotar o seguinte: dá um "oi" para Meire -minha vizinha que gosta de gospel, muito, muito, muito e bem alto. Outra anotação do futuro: dar um cheiro em minha irmã mais nova - ela é tão fofinha , apesar de querer não parecer. Viro mais uma página e tá lá escrito: dia de ligar para "a pessoa" (aquela lá, todo mundo tem "a pessoa" na vida - suspiro). Bem, eu vou indo e quando eu tiver tempo, volto aqui para escrever mais da minha vida louca.